domingo, 4 de novembro de 2012

LINGUÍSTICA FORENSE

Em muitos seriados americanos aparecem cenas de investigação criminal onde o investigador é auxiliado por outro profissional que pesquisa textos que são enviados pelo criminoso, esse profissonal pode ser diretamente relacionado a um estudioso de linguística forense. Muitos dizem que a arte imita a vida , e esse exemplo comum mostra um fato que pode ser real, o estudo da linguistica forense, onde é uma área de conhecimento que estabelece uma relação entre direito e linguística. Esse estudo se baseia em um principio bem simples: todos temos uma forma própria de utilização da língua que nos identifica no meio de muitas outras. É uma espécie de bilhete de identidade linguístico. É que, tal como os assassinos, cuja ação se adequa a um perfil, também a forma de expressão obedece a padrões linguísticos.Seus estudiosos dedicam-se não apenas à análise da linguagem própria do direito e das formas de interação estabelecidas entre os diversos sujeitos de uma investigação policial ou de um processo, mas também à de qualquer manifestação linguística capaz de influenciar no desfecho de um processo judicial. Neste caso, fala-se em linguagem como prova (COULTHARD; JOHNSON, 2007). Na atualidade considera-se que as três grandes áreas de atuação de um lingüista forense são: a linguagem jurídica e legal (Language of the Law), a linguagem do procedimento legal (Language of the Legal Process) e a linguagem evidencial ou probatorio (Language as Evidence). Relativamente recente no mundo inteiro, a linguística forense ainda é pouco desenvolvida no Brasil. Por outro lado, na Inglaterra e nos EUA, torna-se cada vez mais comum o recurso a linguistas por policiais, juízes e partes de um processo. Os profissionais são procurados para fornecerem um laudo pericial ou parecer técnico que auxilie na identificação do autor de um texto ou, ainda, no reconhecimento da autenticidade ou falsificação de um documento. E a ciência está tão avançada que é capaz de ir mais longe e descobrir a idade, o sexo, a raça e a origem do falante. E já resolveu satisfatoriamente muitos casos ao longo da sua existência. O que antes se aplicava quase exclusivamente a documentos, como por exemplo testamentos, foi agora generalizado a muitos outros, independentemente do suporte e até mesmo à linguagem oral. Cada vez mais a justiça está dependente de
investigações desta natureza.


Fonte:
KURTZ DOS SANTOS, LARISSA COSTA. LINGUÍSTICA FORENSE: UM CAMPO PROMISSOR.

http://www.forensiclinguistics.net/cfl_portuguese.html

http://mariadias.blogs.sapo.pt/75953.html


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